hilda e meuespaço

bom dia queridos ouvintes

já dormi já acordei vou dormir de novo [depois daqui e depois de um assalto à geladeira, mais bien sûre.]

ainda semi-destruído das últimas duas semanas (relatadas parcial e telegraficamente no post anterior)

meu braço, ai! ainda dói. está sendo poupado e foi cuidado, agulhado, besuntado e queimado por Ana Kemper.

[Ana, muito, muito obrigado; seu cuidar-me cura quase tanto quanto seus cuidados.]

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hoje com uma boa razão pra não digitar muito, lá vamos nós de copy-paste pra dar as notícias da vez:

1. Hilda

deu no meu perfil do orkut:

uma canção minha acaba de ser publicada na revista de artes online Hilda:

http://hildamagazine.net/dimitri_rebello/

editada por Ricardo Domeneck (poeta paulista radicado em Berlim), a Hilda é uma revista online multimídia, que publica trabalhos de diversas áreas - fotografia, música, vídeo, poesia, artes plásticas - de artistas contemporâneos de vários pontos do mundo.

passe lá pra ouvir minha canção - e não deixe de visitar também os demais trabalhos publicados na Hilda; tem pra todos os gostos! :]

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2. myspace

aproveitando o ensejo [danke, Ricardo!] resolvi fazer um myspace pro meu famigerado projeto solo.

a novidade é que não usei o nome "no hay banda" pois, apesar de muito apropriado pra um projeto me-myself-an-i, anda muito batido por aí. (nem só eu gostei do filme...)

aliás, pelo mesmo motivo, cogito (não sem alguma pena) desistir desse nome de fantasia em caráter definitivo.

lá no Hilda o Ricardo perguntou se eu podia ser "Dimitri Rebello aka Dimitri BR", e eu respondi que sim, claro: eu sempre quisera ser "aka" alguma coisa! :]

[N. do T.: a.k.a. é "also known as" = "também conhecido por"; uma das infinitas siglas empregadas cotidianamente pelo Jack Bauer e outros norte-americanos frenéticos, impacientes e, na maioria dos casos, com sério déficit de atenção.]

MAS sim:

dadas as razões anteriores, meu meuespaço recebeu a notória e personalíssima designação deste blog:

http://www.myspace.com/humdeabril

ainda está bem simples, mas já tem o que fuxicar -e o mais importante está lá:

quatro belas (?) cançonetas dimitrianas - duas das quais inéditas na net (com suspiros de receio autoral ante à liberação da obra na rede sem fim).

quando puderem, visitem lá, ouçam e me contem o que acharam!

a opinião dos queridos ouvintes é-me sumamente importante.

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por hoje é só; vou escolher uma imagem do meu arquivo de imagens mirabolantes e surpreendentes (eu coleciono imagens da net há anos) para ilustrar este post, publicá-lo e seguir dando o merecido repouso ao meu fiel braço esquerdo.

[como é imbecil o ser humano: só porque estou com o braço ferrado, claro que fico morrendo de vontade de tocar violão. :P ]

beijos paratodos!

eu disse que as imagens eram mirabolantes!
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[ilustra de Fuko Ueda, uma japa muito legal]


2 comentários:

leandro disse...

nobilíssimo dimitri, devo admitir que é um privilégio contar vez ou outra com sua sofisticada lucidez lá no meu paiol. escrever é aquele velho exercício de disciplinar o mundo, né, tentar dispô-lo numa ordem menos absurda... é uma prática que ganha sentido quando mais gente se junta, aglutina discursos, dá forma àquilo que em música se chama... como mesmo? – polifonia!

só queria voltar a um ponto em que discordo de você: como eu comento no texto, o mais dolorido nessa história é exatamente essa separação entre vida e arte, pessoa e artista... porque, no meu bastante arbitrário entendimento, toda arte que se legitima puramente em suas intenções estéticas fica meio condenada a uma fruição arcaica, às vezes muito lúdica, às vezes muito racional, mas nunca, para mim, satisfatória.

explico-me: estou aqui tornando público um nítido limite meu, mas a arte que me interessa está vinculada a um tipo de guinada comportamental que fuja do óbvio. certa vez, o próprio caetano disse que não entendia a vontade de certos críticos em forçar uma comparação entre ele e bob dylan como ícones de uma geração já que, enquanto bob dylan era um artista que escondia suas volições pessoais por detrás de sua grande arte, ele era uma espécie de “não-artista” que se utilizava de sua complexa personalidade como abre-alas para um módico projeto artístico.

eu, em minha pobre capacidade de apreensão estética, preciso dizer que, mais do que essa declaração caetânica, adoro essa linha de pensamento. vai ver que é por isso que sempre gostei mais de letra que de música. pra falar a verdade, acho que gosto mais mesmo é da entrevista. :)

certamente que venho acompanhando os sub-repetícios escorregões do caetano nos últimos... quantos anos? mas é fato também que, como você bem disse, sempre houve nele uma diabólica habilidade em dar um golpe de corpo na oposição para, aos quarenta e cinco do segundo tempo, tornar suas posições intelectual e moralmente plausíveis. dessa vez, e logo dessa vez, ele resolveu estremecer diante de dado dolabella.

. . . . .

mas eu vim aqui pra dizer que ter um amigo artista que, além de musicalmente talentoso, possui admiráveis posicionamentos éticos faz com que esse edipiano processo de morte do pai com que estou lidando seja muito mais leve. rapaz, ouvi tudo. e curti tudo! :)

eu já conhecia a “hilda” assim de passagem, mas o projeto parece que ganhou mais corpo, tá bonito de se ver. e “quando a noite a cai” tinha uma atmosfera qualquer que eu não conseguia decifrar muito bem até ler “recorded in lumiar”. aliás, bendito “portable studio”, a gravação tá muito boa.

já “mary h meets tom jobim” me trouxe ecos de alguma outra coisa que demorou a aparecer. até agora não apareceu direito, mas pode ser algo do low-fi de thomas pappon e “the gilbertos”. rolou uma curiosidade: é a musa silvia r quem divide os vocais com você?

e ainda tinha “de volta às aulas”, de ótima letra... ah... a música popular! :)

a pergunta que não quer calar agora é: pra quando sai show/ep solo, seu smith? não esqueça de avisar a este mulato, que ele é lascado, mas compra vosso conceito!

beijos e melhoras solidárias pro seu braço magrelo!

ana k. disse...

Dimi,
Vc melhorou?
A gente nem se falou depois, né?
Quando precisar de mim (e de todo meu material pérfuro-piotécnico), estou por aqui.
Ouvi a música no Hilda e gostei bastante.
Alías, vc viu que há um grupo de estilistas denominados no hay banda?
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