maníaco-depressivo

lararara larararaa X ai, ai, aai

Dimitri, 6 de agosto de 2006, 5h da manhã:

vou catando as migalhas de afeição
disputando com os pombos o milho e o pão
que as pessoas pacatas lançam ao chão
esses aposentados da paixão
já não sabem de dor, nem solidão
pois recebem do amor uma pensão
que mal dá pra chegar ao fim do mês
saibam: esta canção é pra vocês
este blues que Cazuza não fez
este blues que Cazuza não fez

(blues esquema Cazuza e Frejat. pode-se ouvir cantado pela Zélia Duncan. quem sabe se eu tiver a cara-de-pau de continuar essa música.)

Dimitri, 6 de agosto de 2006, 3h da tarde:

para quê ficar chorando, ai ai ai?
para quê ficar chorando, ai ai ai?
se a onda dessa tristeza ora vem, ora vai?
se a onda dessa tristeza ora vem, ora vai?

tristeza, felicidade
são ondas que agitam o mesmo mar
nos dias de tempestade
convém tocar o barco devagar
e se lembrar
que o que a maré trouxer, há de levar
e é desse vai-e-vem que é feito o mar

(samba esquema Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho. o ideal seria o próprio Paulinho da Viola cantar. quem sabe ajudaria ele a completar o repertório e lançar finalmente o seu já lendário novo disco. se não, pode ser a Teresa Cristina ou outra mulher de canto não-afetado. obs: às trÊs da tarde isso era um "samba de primeira"; só completei com a segunda no dia seguinte, embaixo do chuveiro.)

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nada como algum trabalho noturno, umas horas de sono e sinais de fumaça virtuais.

nada como a música, é claro.

larara triste e aiaiai alegre.