pra que serve a música

pra que serve a música?

---

estou ouvindo o ordinária hit enquanto escrevo.

e fui no site do biônica, onde descobri que a Marina tocou na televisão, e eu nem assim pude vê-la

[além de não ter sabido/sido avisado, não tenho tv a cabo, aliás mal tenho tv, a minha velinha 14'' só pega tve e globo,
e a imagem quase que o tempo todo é em tons de verde, pra me lembrar de meu velho monitor monocromático (falaremos sobre isso mais adiante)]

---

eu estou com sono, é claro, estou acordado desde ontem (de novo).

acontece que fui fazer umas gravaçõeszinhas.
aliás no último fim de semana gravei mais de dez músicas.
juntei com outras e fiz um cd de 26 músicas para os 26 anos
que a minha irmã Maria completou outro dia.

o cd se chamou '26 short stories about...',
sob protestos do Carué e da Graziela contra o título em inglês.

---

aliás eu não vou seguir em nenhum assunto hoje,
vou ficar que nem conversa minha com meus camaradas verborrágicos,
Alfredo, Carué, Mantovani, Saboga, assuntos flutuando
e descrevendo espirais de rara beleza no ar noturno das cidades

---

...porque é o seguinte:
faço uma pausa pra anunciar os aniversários da Lucila (hoje)
e do Hofty (ontem);

beijos para ambos!

---

aliás eu ando querendo saber os aniversários das pessoas,
cansei de não aproveitar essa boa oportunidade pra falar com quem eu gosto.

assim, por favor me informem seus aniversários,
tá, que eu não sei muitos - por exemplo o seu eu não sei, pois é
- e as pessoas a quem pedi ajuda já esgotaram suas agendas...

---

mas sim eu ia dizer Marina Pontieri porra eu tô com muita saudade de você!

....olhei o site do biônica e pensei:
'po, eles tocaram na tv e a Marina nem me avisou pra eu ver' e logo:
'caramba, o Ramone saiu! entrou um tal de Fernando no lugar dele.' huahuahua

---

...e depois das gravações

(o Sol já tinha nascido há muito por trás do Pão-de-Açúcar, cara!
é tão bonito que eu fico quase com remorso de não parar sempre
o que estou fazendo pra olhar),

aconteceu a coisa que mais tem poder de me manter acordado:
fiz uma música. outra. mais uma.

[pra quê? pra que serve?]

funciona assim: eu começo, daí eu toco, daí eu termino, daí eu
tocotocotocotocotocototocotocotocotocotocotocotoco
tocotocotocotocotocotocotocotocotocotocotocotocotoco

sinceramente muito mais vezes do que escrevi 'toco' aí.

porque preciso decorar. porque preciso dar uns arremates finais.

na verdade, porque é muito bom tocar uma música recém-feita.
olha, é uma sensação única, é irresistível.

pra mim é.

...daí eu gravo. depois ouço. e só então sossego.

---

quantas vezes eu já pensei em não fazer mais músicas;
ou tive uma idéia e faltou-me ânimo pra desenvolvê-la
- afinal, onde eu vou tocar aquilo depois?
quem vai tocar? quem vai ouvir? quem quer aquela música?

mas não dá pra evitar. sério.
é muito bom ir moldando, colando, escrevendo coisas cantadas,
que não tem muito a ver com escrever no papel, não.

é bom ressaltar que já desisti de ter essas dúvidas, esses desânimos;
isso era coisa de há uns anos atrás.

aquilo me incomodava, sabe o que eu fiz?

um dia fui lá e fiz uma música chamada

'às vezes eu tenho vontade de parar de fazer música'!

não tem jeito mesmo.

---

Ricardo Domeneck Lucila Duique Débora

---

tá bom, vou maneirar no delírio. é que eu também estou com fome.
mas não aguentava mais não postar aqui.
e ainda por cima aquele post meio lúgubre na tela toda vez. xôô.

---

'às vezes eu tenho vontade...' não é o título mais longo de uma música minha. tenho algumas músicas de títulos realmente longos:

o clássico do Balconista
'Fator X ou A Vitória do Amor Mutagênico na Era Virtual-Cibernética'

a recente
'o encontro de Mary Hansen com tom Jobim no Céu'
[essa tem no cd pra Fátima, ficou muito legal a versão]

a referencial
'a briga do Edifico Itália com o Hilton Hotel parte dois - trinta anos depois'
[na verdade são 32, mas o 30 ficava mais sonoro]

a campeã de tamanho
'Péricles Cavalcanti e Arnaldo Antunes se encontram e juntos contam até pouco mais de sete'
[que por sinal é bem fraquinha..]

e tantas outras.

a de menor título?

acho que é 'mir'.

essa palavra é linda né. a música também é das preferidas,
minhas e dos outros.
mir era a estação espacial russa, e parece reunir os conceitos de liberdade e paz.
[sei lá, perguntem ao Mantovani]

---

fui no tim festival!

claro que fui. adoro show. gosto até de show ruim
(desde que não seja meu, dos meus eu prefiro os bons mesmo,
os ruins é muito sofrido às vezes).

não vou comentar agora, vou conferir uns títulos, tipo assim:

melhor show, quesito profissionalismo + platéia empolgada com a
bola-da-vez: White stripes

show que por mim podia ter durado umas 2 horas a mais: Fellini. lindo.

show mais caô: Super Furry Animals, uma merda.

show mais maneiro de banda que eu não conhecesse: The Rapture,
foi muuito maneiro.

ah vamos lá, show com as melhores músicas: Los Hermanos.
não é puxa-saquice gratuita. é felicidade mesmo de ser contemporâneo daquelas músicas.

mas o show não foi tão bom, os dois vocalistas parecem não estar
lidando muito bem com sua pose de não-pose.

---

caramba olha onde já estamos e
ainda não descobrimos pra que serve a música!

---

disse que ia falar do meu monitor monocromático.

eu queria era contar a história dos computadores pessoais
na minha vida.

vou fazer uma listinha e quem sabe eu detalho outro dia:

.Telejogo (do Gustavo Saldanha)
.Atari (em casa de amigos)
.Odyssey (acho que é assim que se escreve,
acho que era na casa do Daniel do 'Urucubacas')
.TK-83 (meu primeiro!)
.Atari (finalmente um Atari!)
.Atari xl-800 ( era um pc da Atari; na casa do Beto)
.TRS-80 (na casa do Sumô, gênio da informática)
.TK-90X (na casa do Abelha e depois,
defasadíssimos, na sala de computação do CAp
- ensino público desde cedo, é isso aí...)
.Master System (da Silvia)
.Expert (o salto qualitativo considerável no meu uso de pcs)
.386 (meu)
.486 (Marina, saboga, Tiago Robin... aí eles começavam a proliferar)
.pentium (ei Lucila, o seu era um pentium?
bem, se não, foi o da Silvia, ou o do Duique)
(...)
e finalmente, este que vos fala, HAL, o Atlhon 2.0!

como diria Normam Cook: we've come a long way baby.

---

e o que tem isso com a música?, pergunta você.

simples: eu estava gravando hoje mais cedo no Kenji,
meu amado porta-estúdio digital.

você grava. você dá undo e redo. você dá copy e paste.
edita o escambau. põe efeito. testa em tempo real. tira.
roda um botãozinho e grava de novo.
grava só um pedaço. duplica sua voz.
faz mais ou menos o que imaginar, se souber e tiver um tempo igualmente infinito - e memória pra backup,
ui, meu hd não tá podendo...

soou banal pra você?
mas pense assim: não é num estúdio, é em casa.
ou pense assim também: no tempo do TK-83 a gente precisaria
ser contratado por uma gravadora pra fazer algo assim.

---

chega dessa ode nerd aos pcs!
sem deixar de reafirmar que eu amo computadores.

---

não aguento mais tanto tempo longe de São Paulo!

porra será que não dava pra vocês paulistas virem ao Rio também não??

(agradeço aos que vieram. é sempre bom receber os camaradas!)

---

...e se você está no Rio e tem saudade de mim também, não perca tempo: faça contato. ligue, sei lá.

saudade não é privilégio de quem está mais longe.

matar a saudade facilmente, isso sim é um privilégio - de quem está perto...


---

galera vou almoçar e estudar. beijos paratodos

música para seus ouvidos

[ouça hoje uma música de que goste em minha intenção. eu agradeço.
se quiser me diga qual foi. uma música que lembra o Dimitri?]

---

ai que fome! hmmm, almoço, e estudar na praia, que tal?

---

PS: a música que compus hoje de manhã se chama 'pas-de-deux'.
(é em Português, um samba-esquema-chico.)

beijos

Nenhum comentário: